Transplante de Medula Óssea

Transplante de Medula Óssea

O transplante da medula óssea é um tipo de tratamento para algumas enfermidades que atingem as células sanguíneas, como é o caso das leucemias e dos linfomas. E a medula é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos.

Seu papel é desenvolver as células sanguíneas, onde contém as Células-Tronco Hematopoiéticas (CTH) – essas, capazes de se autorrenovar e produzir componentes do sangue: leucócitos (glóbulos brancos), responsáveis pelo sistema imunológico; hemácias (glóbulos vermelhos), que transportam o oxigênio para as células do corpo e as plaquetas, que atuam na coagulação sanguínea.

Transplante

O transplante é um dos tipos de tratamento para doenças que acometem as células do sangue e a cirurgia consiste em substituir a medula óssea doente por células “normais” para que, essas, possam reconstituir uma medula saudável.

Esse transplante pode ser:

  • Autogênico: a medula é do próprio paciente
  • Alogênico: doador compatível;
  • Células precursoras de medula óssea: sangue circulante do doador compatível ou de cordão umbilical.

O processo do transplante se inicia com os testes de compatibilidade – quando amostras de sangue do receptor e do doador são analisadas -. Aqui, dois pontos são importantes: a doação de medula óssea, e o grau de compatibilidade para evitar processos de rejeição da medula pelo receptor.

  • Doador: o doador é submetido a um procedimento cirúrgico, sob anestesia, onde será realizado punções, com agulhas, nos ossos posteriores da bacia e a medula passa por um processo de aspiração. Os riscos são mínimos e, em poucas semanas, a medula óssea é totalmente recuperada.

*Antes do procedimento é realizada uma avaliação pré-operatória para verificar as condições clínicas e cardiovasculares do doador e também devido a necessidade de anestesia. Após o procedimento pode haver dor local, fraqueza e dor de cabeça, mas são ‘sintomas’ passageiros e sem maiores danos, controlados com anestésico. 

  • Receptor: O paciente é submetido a um tratamento que ataca as células doentes e destrói a própria medula para poder receber a medula sadia – como se fosse uma transfusão de sangue -. Quando na corrente sanguínea, as células da nova medula circulam e se alojam na nova medula para se desenvolverem. 

Segundo o INCA – Instituto Nacional De Câncer, o processo de ‘seleção’ da medula tem início com testes específicos de compatibilidade, analisadas desde o banco de doação, com amostras do sangue do receptor e do doador para detectar a melhor compatibilidade possível.

Em muitas ocasiões, o transplante de medula óssea é a única chance de tratamento e de cura para algumas dessas enfermidades. Sendo, a estimativa de compatibilidade de medula óssea, de 1 a cada 100 doadores aparentados (da própria família), e, não aparentados, 1 em 100 mil. Por isso, a necessidade de um número cada vez maior de voluntários doadores, para aumentar as chances de compatibilidade. Ainda assim, segundo dados do REDOME – Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea, há cerca de 25% de chance de encontrar um doador compatível dentro da família consanguínea, e, sem, fora, as chances diminuem.

ATENÇÃO!

O tipo de tratamento e/ou transplante vai depender do nível da doença e de cada paciente, sendo o médico e sua equipe responsáveis por melhor diagnosticar e designar o tratamento.

Aumente as chances de cura, seja também um doador!

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