Outubro Rosa

Outubro Rosa

Durante o ano acompanhamos o empenho de várias campanhas de conscientização em torno de alguma causa e/ou prevenção de doença. Com o mês de outubro não é diferente. Esse período do ano é destinado ao Outubro Rosa, campanha mundialmente conhecida que tem a intenção de alertar toda a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama.

Além de orientar a população, a campanha (com registro da sua primeira ação em 2002 no Brasil, sendo que somente em 2008 houve um maior envolvimento) mobiliza instituições na propagação de dados preventivos bem como na exposição da luta por direitos no que se refere ao atendimento médico, suporte emocional e tratamento de qualidade, seja na rede de saúde pública ou privada, para todos que dela precise.

Câncer de Mama

É o tipo de câncer que mais afeta mulheres no Brasil e no mundo, depois do de pele (não melanoma), corresponde a 25% dos casos novos anualmente. A doença também pode acometer homens, no entanto é raro, com taxa de apenas 1% do total de casos da doença.

O câncer de mama se desenvolve, na maioria das vezes, nas células que abrangem os ductos mamários que estão em constante multiplicação. Alguns fatores, como pessoais, ambientais, genéticos, hormonais, idades e outros, podem transformá-las em células anormais que se dividem descontroladamente, perdendo assim o limite do crescimento tanto no local da mama, como também pode se espalhar regionalmente para os gânglios da axila ou em outros órgãos, formando o tumor.

A maior incidência desse câncer acontece em mulheres após os 35 anos e torna-se mais constante após os 50 anos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), são 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença por ano e, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade.

O Instituto Nacional de Câncer – INCA explica que o câncer de mama pode evoluir de diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem a características próprias de cada tumor.

Sinais e sintomas

Alguns sinais e sintomas podem ser percebidos nas fases iniciais do câncer de mama, como por exemplo, o surgimento do nódulo, fixo e geralmente indolor. Este está presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher. Outros sinais e sintomas também são notados, como: pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço; e saída de líquido anormal das mamas. Tais sinais e sintomas devem sempre ser investigados.

E aqui é onde entra o maior intuito do Outubro Rosa: alertar para o diagnóstico precoce. Portanto, previna-se! Se toque, se conheça! A atenção das mulheres com seu próprio corpo é fundamental para que haja a detecção precoce dessa e de demais doenças.

Passos para o diagnóstico

Como citado acima, a autoanálise é de extrema importância para a descoberta ainda no início. Ao realizar o autoexame, caso perceba algo estranho na mama, procure o seu médico e relate a situação. Em seguida o médico te encaminhará exames específicos, um deles é a mamografia.

A mamografia é a radiografia das mamas feita por aparelho de Raios-X (mamógrafo). O exame é capaz de mostrar alterações suspeitas antes mesmo do tumor ser palpável. Entretanto, a confirmação do câncer de mama só é feita pelo exame histopatológico (análise no laboratório de uma pequena parte retirada da lesão por meio de biópsia).

Tratamento

Entre os tratamentos do câncer de mama, estão: cirúrgicos, radioterápicos e oncológicos multidisciplinares. Vale ressaltar que: é o mastologista que investiga a extensão da cirurgia; o radioterapeuta que estima a necessidade e o tipo de radioterapia a ser utilizado e, o oncologista clínico que mensura a necessidade, quando e qual o tipo de tratamento complementar com quimioterapia.

Lembrando que, é de extrema importância que todo e qualquer paciente acometido pelo câncer seja acompanhado também por equipes que o trate e acompanhe-o nos aspectos nutricionais, estéticos, fisioterápicos e psicossociais.

 

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