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Mastologista comenta sobre adoção de hábitos saudáveis e prevenção do câncer de mama
O mês de outubro traz a campanha “Outubro Rosa” para conscientizar e lembrar à população da importância do diagnóstico precoce contra o câncer de mama. Um em cada três casos de câncer pode ser curado quando descoberto no início. E realizar o autoexame e consultas de rotina também fazem parte da prevenção. O câncer de mama é o tipo mais comum, depois do câncer de pele não melanoma, e o que causa mais mortes em mulheres. Segundo dados do INCA – Instituto Nacional de Câncer, estima-se mais de 73 mil casos novos (2023) e mais de 18 mil mortes (2021).
“A adoção de alguns hábitos saudáveis podem ajudar na prevenção. Já é comprovado cientificamente que a atividade física regular, perda de peso, dieta saudável e a amamentação trazem benefícios ao corpo. Já os fatores de risco, como a obesidade na pós-menopausa e o consumo excessivo de álcool aumentam os riscos para o câncer de mama”, comenta a mastologista e ginecologista, Dra. Ana Beatriz Oliveira Germano (CRM RN 7546 e RQEs 4199 | 4204).
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação das células anormais da mama, virando um tumor com potencial de se espalhar para os demais órgãos. Mais comum em mulheres do que em homens, sendo, em homens, apenas 1% dos casos. “O nódulo é toda tumoração presente na glândula mamária, podendo ter conteúdo cístico ou sólido, ser palpável ao exame clínico ou não, e ser benigno ou maligno”, explica a mastologista, e acrescenta “Alguns exemplos de nódulos benignos são: cistos mamários, fibroadenoma, tumor filóide e hamartoma. Todos os nódulos com exame clínico e imagem suspeitos devem ser submetidos à biópsia para afastar a possibilidade de malignidade”, alerta a Dra. Ana Beatriz.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia – SBM, para todas as mulheres com risco habitual, o rastreamento deve ser iniciado aos 40 anos, sendo a mamografia o exame recomendado, com periodicidade anual, se estiver normal. “E, para mulheres com mamas densas, é recomendado considerar a realização da ultrassonografia anual como método complementar”, indica a mastologista.
O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra (estadiamento) e do tipo de tumor, das características biológicas e das condições do paciente (idade, doenças preexistentes e menopausa). “As modalidades de tratamento para esse câncer incluem: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e imunoterapia. Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. E, no caso de apresentar metástases, o tratamento é focado em prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente”, explica Dra. Ana Beatriz.
Realizar autoexame, apalpando ao redor das mamas, é importante para conhecer o corpo e perceber possíveis alterações. Surgimento de caroço endurecido, fixo e indolor é a principal característica da doença, estando presente em mais de 90% dos casos, afirma dados do INCA. Alterações nos mamilos, pequenos nódulos na região embaixo dos braços ou pescoço, saída de líquido pelos mamilos, pele avermelhada ou retraída são sinais fortes e precisam ser investigados. Mulheres acima dos 50 anos, qualquer percepção de nódulo, o ideal é já procurar consulta médica, e, em mulheres mais jovens, ao persistirem os sinais pós-ciclo menstrual, recomenda-se buscar orientação também.
Prevenção e diagnóstico precoce salva vidas.