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Câncer de pulmão e tabagismo
Em 1987 a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu o dia 31 de maio para alertar sobre os riscos do uso do tabaco. Todos os anos, o tabagismo mata mais de 8 milhões de pessoas no mundo, sendo 7 milhões de fumantes diretos e mais de 1 milhão de fumantes passivos.
O consumo do tabaco é o principal fator de risco para problemas de câncer de pulmão, e fator de risco para doenças pulmonares como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), tuberculose e de doenças cardiovasculares, por exemplo.
O consumo passivo também afeta a saúde, podendo desencadear reações alérgicas (rinite, tosse, conjuntivite, exacerbação de asma) e a longo prazo, levar ao infarto agudo do miocárdio, câncer de pulmão etc. Em crianças também gera danos à saúde, desde infecções respiratórias a redução do crescimento.
Câncer de pulmão
De acordo com o INCA – Instituto Nacional de Câncer, o câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil (a exceção do câncer de pele não melanoma); e o primeiro em todo o mundo desde 1985, tanto em incidência quanto em mortalidade.
Sendo o consumo do tabaco o maior fator de risco para o câncer de pulmão. A taxa de sobrevida relativa em cinco anos para essa doença é de 18%, sendo 15% para homens e 21% para mulheres.
A prevenção dar-se em: não fumar; evitar o tabagismo passivo; evitar a exposição a agentes químicos (arsênico, asbesto, berílio, cromo, radônio, urânio, níquel, cádmio, cloreto de vinila e éter de clorometil). Essas substâncias, normalmente, estão presentes em determinados ambientes de trabalho.
Embora os sintomas apareçam mais em estágios avançados, há casos que o paciente apresente tosse persistente (em fumantes, o ritmo ‘normal’ da tosse é alterado e crises em horários incomuns), escarro com sangue, dor no peito, rouquidão, falta de ar, perda de peso e de apetite sem causa aparente, pneumonia recorrente ou bronquite, cansaço ou fraqueza. O diagnóstico precoce em estágio inicial, possibilita maior chance de tratamento.
Tratamento esse, que demanda a união de uma equipe multidisciplinar, envolvendo oncologista, cirurgião torácico, pneumologista, radioterapeuta, radiologista intervencionista, médico nuclear, enfermeiro, fisioterapeuta, nutricionista e assistente social.
Pare de fumar
Parar de fumar pode prevenir mais de 60 tipos de doenças e após apenas 20 minutos sem o fumo, a frequência cardíaca e a pressão arterial já diminuem. E em duas a doze semanas, a circulação sanguínea melhora e a função pulmonar aumenta.
Além dos impactos a saúde, o tabagismo também gera danos ao meio ambiente, devido ao seu cultivo. A nicotina é absorvida através da pele pelos fumicultores, provocando a doença do tabaco verde; dentre os sintomas estão náusea, vômito, fraqueza, dor de cabeça, tonteira, dores abdominais, dificuldade para respirar e flutuações na pressão sanguínea.
O uso intensivo de pesticidas, o desmatamento e o trabalho infantil também fazem parte da produção do tabaco. Os pesticidas provocam intoxicação aguda, gerando danos à saúde dos agricultores e familiares; o desmatamento é devido a madeira usada como combustível para secar as folhas e associado a surtos de parasitismo e outras doenças infecciosas, ao favorecer a disseminação de mosquitos da malária ou larvas de água doce. Além de tudo, ainda tem o trabalho infantil, que, segundo o INCA, a dependência econômico-financeira dos fumicultores e a insuficiente e inadequada rede de serviços na zona rural, principalmente na área da educação, são as principais causas do trabalho infantil na lavoura de fumo, penalizando o desenvolvimento bio-psico-sócio-cultural de crianças e adolescentes.
ATENÇÃO!
O tabagismo causa dependência física, psicológica e comportamental semelhante ao uso de outras drogas.
Pare de fumar e procure ajuda médica!