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Os avanços da ciência no diagnóstico e tratamento do câncer
Nos últimos anos, a ciência, aliada às inovações tecnológicas, tem avançado cada vez mais na busca do diagnóstico precoce e de tratamentos para o câncer, germinando perspectivas no combate da doença. A identificação precoce das células cancerígenas, imunoterapia, medicamentos, marcadores moleculares e técnicas cirúrgicas estão entre as conquistas prósperas para o setor oncológico.
E um dos principais pontos a serem destacados, e que a ciência vem comprovando a cada pesquisa, é o quanto o estilo de vida e a adoção de hábitos saudáveis têm influenciado diretamente na saúde da população. Dados do Instituto Nacional do Câncer – INCA indicam que cerca de 30% dos casos de câncer poderiam ser evitados com a inclusão de hábitos saudáveis na rotina, a exemplo da prática regular de exercícios físicos, e a redução de fatores de risco como a obesidade, o tabagismo, consumo de álcool e carnes processadas.
Dra. Danielli de Almeida Matias (CRM: 4796 e RQE: 1566), médica oncologista da Clínica de Oncologia e Mastologia de Natal, comenta que os estudos clínicos comprovam, com dados baseados em evidências, que a manutenção do peso corporal representa uma forma de prevenção contra o câncer. “Recentemente, o Memorial (importante hospital americano de referência mundial) publicou um levantamento sobre obesidade e câncer corroborando com esses dados. Portanto, atividade física faz parte da prescrição médica do oncologista, assim como os cuidados com a alimentação”, enfatiza Dra. Danielli Matias.
Em sua recente participação no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), considerado o maior congresso de oncologia do mundo, Dra. Danielli menciona que foram apresentadas diversas novidades relacionadas ao diagnóstico precoce e também ao progresso nos tratamentos de alguns cânceres. “A medicina tem avançado tanto no tratamento, como no diagnóstico do câncer. No tratamento, com a imunoterapia, por exemplo, a sobrevida dos pacientes tem aumentado. E, cada vez mais, estamos vendo a importância do tratamento multimodal com atuação não só do oncologista, mas também da cirurgia e da radioterapia. Já em relação ao diagnóstico, técnicas mais sensíveis como a tomossíntese de mama e a pesquisa de células tumorais circulantes através de biópsia líquida, ao qual possibilita detectar o câncer em estágio muito precoce, o que pode ajudar a seguirmos na busca da cura dos nossos pacientes”.
Destaques para as evoluções nos tratamentos de câncer de pulmão, mama e sistema nervoso central. No de pulmão, a doutora explica que já é consolidado os resultados do uso de uma medicação oral, a “osimertinibe”; e que, após a cirurgia, reduz as chances da doença voltar, além de aumentar a sobrevida do paciente. No de mama, da mesma forma, “O uso da medicação oral, “ribociclibe”, após a cirurgia, adicionada à já conhecida hormonioterapia, reduziu as chances do câncer voltar, fortalecendo também o controle da doença no segmento clínico. Já no tumor cerebral, também. Através da “vorasidenibe”, que demonstra resultados no controle do glioma de baixo grau. E essa é uma doença com poucas opções terapêuticas. O que nos deixa bastante esperançosos, pois as pesquisas clínicas seguem avançando em tratar tumores precocemente.”, analisa Dra. Danielli Matias.