Blog
Câncer de Pulmão
Silencioso. O Câncer de pulmão é, mundialmente, o primeiro tipo de tumor mais comum entre os homens e o terceiro entre as mulheres. Tendo, no Brasil, de acordo com estimativas do INCA – Instituto Nacional de Câncer, mais de 18 mil novos casos – homem; e mais de 14,5 mil em mulheres – sem contar com o câncer de pele não melanoma.
Em mortalidade, é o primeiro entre os homens e o segundo entre as mulheres segundo estimativas mundiais de 2020, que apontou incidência de 2,2 milhões de casos novos, sendo 1,4 milhão em homens e 770 mil em mulheres.
Fatores de risco
O tabagismo é, sem dúvida, o maior fator de risco, e a exposição passiva também. Cerca de 85% dos casos de câncer de pulmão diagnosticados estão relacionados ao hábito, incluindo os cigarros eletrônicos. Outro fator é a exposição aos agentes carcinogênicos (absteno, arsênico, berílio, cádmio).
Atente-se para:
- Doenças pulmonares: pessoas que já tiveram tuberculose ou possuem doenças pulmonares crônicas;
- Histórico familiar de câncer de pulmão;
- Poluição: riscos a exposição a níveis de poluição do ar;
- Exposição a gás radônio (gás radioativo é produzido pela quebra natural do urânio no solo, na rocha e na água);
- Amianto: comum em atividades de mineração. A inalação da fibra de amianto aumenta o risco de desenvolver câncer de pulmão;
- Idade avançada: casos mais comuns em pessoas entre 50 e 70 anos.
Sintomas:
Por ser um câncer SILENCIOSO, os sintomas quando aparecem são sinais de estágio avançado, contudo, é possível surgir alguns sinais em fase inicial:
- Tosse persiste ou com sangue;
- Falta de ar;
- Dor no peito;
- Rouquidão;
- Fadiga;
- Perda de peso;
- Perda de apetite.
Nem todos os sintomas citados estão relacionados ao surgimento do câncer, porém, consultas de rotina e exames são importantes para descartar e detectar problemas maiores.
A oncologista Dra. Danielli Matias (CRM-RN 4796/ RQE 1566), comenta: “A melhor prevenção é parar de fumar. Aos que têm dificuldade de largar o cigarro, existem tratamento para auxiliar esse processo, desde psicoterapia, médicos especialistas a medicamentos que atuam para ajudar o paciente a parar de fumar”.
Detecção Precoce e Diagnóstico
A tomografia de tórax de baixa dose é o exame que auxilia no diagnóstico precoce. Porém, ele tem indicações específicas para ser realizado: pacientes tabagistas, com histórico de tabagismo – geralmente acima dos 50 anos de idade, ou ex-tabagista.
Além de exames clínicos, laboratoriais e endoscópicos de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou de pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.
Tratamento
Atualmente há diversos recursos para tratar o câncer de pulmão e, isso, também, requer uma equipe multidisciplinar, que inclua oncologista, cirurgião torácico, pneumologista, radio-oncologista, radiologista intervencionista, médico nuclear, enfermeiro, fisioterapeuta, nutricionista e assistente social.
A localização do câncer e o estágio da doença são pontos importantes para definir o tipo de tratamento a ser aplicado no paciente, que vai desde quimioterapia, imunoterapia, radioterapia à cirurgia
O tratamento cirúrgico pode ser: segmentectomia e ressecção em cunha; Lobectomia ou Pneumectomia. Já o sistêmico é realizado pela administração de medicamentos que atingem a corrente sanguínea, geralmente por via endovenosa ou oral.
E, ainda, o “Cuidado Paliativo”, quando o diagnóstico ocorre tardiamente, já em fase metastática e os demais recursos não são mais tão efetivos e o paciente precisa ter mais qualidade de vida, aliviando sintomas como dores e falta de ar, além de tratamento psicológico, social e até mesmo espiritual, envolvendo as questões individuais de cada paciente.
Prevenção e diagnóstico precoce salva vidas!